O valor da indenização que será paga pelos pais dos alunos agressores às professoras da UNB é irrisório,aliás,nestes casos a condenação deve recair sobre o estado também e em valores condizentes à dignidade do cargo.
A violência nas escolas se alastra de forma assustadora em todo o país e em escolas privadas e públicas.
Os professores não são valorizados pelos governantes,ao contrário, cumprem uma carga enorme de trabalho,recebem salários aviltantes e trabalham em locais sem segurança.
Os alunos sentem a fragilidade dos professores (mal vestidos,carro velho, estressados e até com dívidas impagáveis, cartão de crédito, cheque especial) e tomam conta,respondem mal,reclamam em casa e os pais muitas vezes dão razão para o filho.Nas escolas particulares é comum demitir professor para não perder o aluno .
Há exceções,muitas crianças são bem orientadas em casa e sofrem com o que assistem sem saber o que fazer,sentem medo,vergonha,raiva e acabam silenciando.
Há aqueles que são criados em ambientes onde a violência familiar (verbal ou física) é tida como normal,por isso,acabam repetindo as atitudes violentas aprendidas com os pais dentro da escola. São crianças que precisam de limites e atenção especial.
Em Porto Alegre a diretora e a vice-diretora de uma escola pública foram ameaçadas e agredidas com faca, canivete, pedaços de ferro e tiveram que abandonar a escola porque a Secretaria de Educação não tomou nenhuma medida para conter a violência por falta de recursos materiais e humanos.
Hoje ambas fazem terapia (transtorno pós-traumatico) enquanto aguardam o julgamento de uma ação movida contra o estado na qual juntaram como prova parte do material utilizado como arma contra elas.
O clima nas escolas é muito tenso,professores e alunos são todos vítimas do descaso,do abandono e da omissão dos governantes.
Enquanto o estado não for colocado no banco dos réus e condenado a pagar pesadas indenizações às professoras agredidas nas escolas a sociedade assistirá diariamente nos noticiários cenas que expõem e denigrem a imagem do Brasil no exterior.
Esses casos podem e devem ser encaminhados aos Tribunais Internacionais de Direitos Humanos, porque para acabar com a violência é preciso publicizá-la.
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