05 agosto, 2012

Medicina: ministro defende novas vagas onde haja demanda do SUS



A matéria revela que o Brasil necessita aumentar o quadro de médicos porque atualmente o país conta com 1,83 médico para cada mil habitantes e, em algumas regiões, com 0, 6 por mil e que a taxa é muito inferior a de países como Cuba, Espanha e Portugal.
Diante dessa constatação não é possível esperar mais tempo para a inclusão de médicos no mercado de trabalho porque enquanto aguarda-se  a abertura de novas Faculdades de Medicina milhares de brasileiros morrem sem atendimento médico. 
As notícias veiculadas pelo CFM de que tem número suficiente de médicos para a demanda da população brasileira e que os médicos formados no exterior colocam em risco a saúde da população não são verdadeiras, tanto é assim que os bons médicos discordam dessa assertiva. 


Wanda Siqueira



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O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, destacou a importância de abertura de vagas nos cursos de medicina em regiões com maior demanda do Sistema Único de Saúde (SUS). Desta forma, segundo ele, será possível aumentar o número de médicos e promover uma melhor distribuição desses profissionais no País. O ministro se pronunciou nesta sexta-feira durante inauguração da Faculdade Santa Marcelina (Fasm), na zona leste da capital paulista.
"Fechamos uma parceria com o Ministério da Educação desde o ano passado. A abertura de vagas em cursos de medicina agora leva em conta a demanda do SUS. Nossa prioridade é abrir vagas nas instituições federais ou nas particulares, desde que com qualidade. Sobretudo em regiões que não têm vagas de medicina. A zona leste de São Paulo é um exemplo disso", afirmou o ministro. Segundo ele, a maioria das novas vagas em medicina foi para as regiões norte e nordeste.
Padilha informou que atualmente o País conta com 1,83 médico para cada mil habitantes. Dentre os países com sistemas universais de saúde, o Brasil é o de menor percentual de médicos. A taxa é menos da metade da de países como Cuba (6), Espanha (3,96) e Portugal (3,87).
Quando a comparação é feita entre os Estados, a situação é ainda mais crítica. Enquanto Brasília tem 4 médicos para cada mil habitantes, no Maranhão a proporção é 0,6 por mil. Em São Paulo, a taxa é 1,9 médico por mil habitantes.
O ministro destacou o financiamento dos estudos de alunos de medicina como mais um instrumento no combate à desigualdade na distribuição de médicos no Brasil. "Criamos uma regra, junto com o Ministério da Educação, na qual, se o estudante que tiver Fies (Fundo de Financiamento Estudantil) e for atuar onde o SUS precisa dele, além do salário, ele vai ter descontada a sua dívida", explicou.
A primeira turma de medicina da Fasm é formada por 55 alunos, dos quais cinco têm bolsa do Programa Universidade para Todos (ProUni). O curso será integrado ao hospital de mesmo nome, que já mantém 42 programas de residência médica. O Hospital Santa Marcelina é o único de alta complexidade da zona leste de São Paulo, com 87% dos atendimentos do SUS.
De acordo com Pedro Félix Vital, gestor do curso de medicina da Fasm, a formação de profissionais permitirá a ampliação da assistência médica na região. Além disso, acredita que, futuramente, poderão ingressar no curso estudantes que sejam moradores da zona leste, o que facilitaria o aumento do número de médicos na região.


Fonte: http://noticias.terra.com.br/educacao




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